Mostrar mensagens com a etiqueta Troika. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Troika. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Troika & Banca

Uma notícia esperada, como é de esperar também que nada seja identificado que coloque em causa os resultados dos testes de stress e das auditorias regulares a que o sistema bancário está sujeito, tanto por auditores externos como pelo Banco de Portugal.

Qualquer outra conclusão será deveras preocupante e com efeitos imprevisíveis. A uma crise económica, financeira, e a ameaças de abrandamento internacional, só falta mesmo juntar a descredibilização do sistema bancário nacional e dos supervisores para compor o ramalhete da tempestade perfeita.

Sendo o caso, não há bom clima e gastronomia que nos valha.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Consolidação orçamental e sobretaxa de IRS

Conforme aqui e aqui apontei, a criação da sobretaxa de IRS carecia de uma justificação plausível, a qual, quanto muito, se poderia justificar com um eventual desvio na execução orçamental de 2011.

Este cenário, mesmo sendo pouco provável dada a inspecção recente da troika às contas públicas, não seria de colocar de lado de forma liminar, atendendo à tendência (e criatividade) que qualquer governo costuma ter na hora de maquilhar os números das contas públicas.

Afinal, parece (quem leia esta notícia fica na dúvida, mas na edição em papel está preto no branco, com gráficos!) que não existe desvio e que as metas determinadas pelo governo cessante e pela troika estarão a ser cumpridas:


O Primeiro Ministro já veio hoje a negar a existência do "desvio colossal", tese impossível de sustentar depois de se conhecerem os números do primeiro semestre da execução orçamental.

Parece que alguém se preparava para criar o enquadramento cénico necessário para justificar um orçamento rectificativo que permitisse aliviar o esforço de redução de despesa no segundo semestre, imprescindível para cumprir as metas de consolidação em 2011.

Já percebemos que este governo tem dedo leve quando toca a disparar na direcção de (alguns) contribuintes. E este jogo político nos últimos dias parece antecipar que a conversa de redução de despesa, da qual até agora não se passou de meros actos simbólicos, era mesmo para encher manchetes de jornais.

PS: Há que ter cuidado com as afirmações que se fazem...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Realidade paralela

O memorandum assinado com a Troika estabelece objectivos de redução dos custos operacionais de 15% das empresas públicas e de caminhar para o equilíbrio económico-financeiro, também por via de um estudo do nível tarifário com vista a (subentende-se) uma contribuição para este esforço de consolidação por via das receitas.

Quando se esperavam medidas concretas de redução da despesa (que terão de acontecer até ao final de 2011, conforme consta do memorando) o governo aprova um novo aumento de 15% dos passes sociais...

Mais uma medida na senda da sobretaxa de IRS, simplesmente incompreensível.

Este governo parece ter um conceito de equidade e distribuição de sacrifícios entre a população muito peculiar...

Adenda: António Costa na Sic Notícias avançou medidas alternativas. Entre a fusão da Carris e do Metro ou a introdução de taxas sobre a circulação, com certeza que se conseguiriam encontrar soluções igualmente efectivas - ou que reduzissem o efeito negativo do aumento dos passes sociais, desde o rombo ao bolso dos contribuintes ao desincentivo à utilização de transportes públicos.