Existe um consenso generalizado sobre a necessidade de racionalizar estruturas e cortar os gastos supérfluos do Estado e cargos directivos “a mais”.
O novo Governo parece apostado em sinalizar que desta vez é que é mesmo a sério e que vamos cortar a eito. Assim se explicam os vários sinais que temos visto desde há uns dias para cá: fim das nomeações dos governadores civis, redução do número de ministros que compõem o Governo, o PM a viajar em classe económica, apenas para enumerar alguns que, julgo, ninguém de bom senso colocará em causa.
Espero que à rapidez com que se consegue cortar onde é fácil e fazer uns “bonitos” nos jornais (e estas medidas, na minha perspectiva, só pecam por tardio) venha associada rapidez na reorganização de serviços, redistribuição de competências e corte efectivo de estruturas e alocação de funcionários a funções em que, efectivamente, são necessários e existem carências.
Este é o momento para avançar com a reforma das estruturas do Estado. Ninguém compreenderá se esta ânsia do “corte&costura” vier a resultar numa mão cheia de nada e se os únicos resultados visíveis se resumirem à alteração do papel timbrado.
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