Partindo de um desvio orçamental que todos já sabemos que é virtual, CAA elabora meia dúzia de vacuidades para chegar ao seu objectivo, dissertar sobre as conclusões de um suposto relatório preliminar do Tribunal de Contas (cuja existência foi prontamente desmentida pelo TC) e dos malefícios das SCUTs e das PPP em geral.
Como prova de má gestão do dinheiro dos contribuintes, aponta uma das conclusões desse suposto relatório, a oneração do erário público com um encargo adicional de dez mil milhões de euros em resultado da renegociação de contratos de concessão com vista à introdução de portagens nas SCUTs (que qualquer pessoa minimamente informada sabe que só poderá tratar-se de um delírio).
Até há algumas semanas atrás, tal opinião seria inócua, afinal todos temos o direito a expressar os nossos pontos de vista com base nas fontes a que temos acesso e nas respectivas limitações.
Acontece que este cidadão é agora deputado, fazendo parte de um dos grupos parlamentares que apoia o Governo, o que acarreta responsabilidades acrescidas.
Nessa qualidade, é doloroso ver que os meus impostos estão a ser gastos com alguém que se comporta como uma cheerleader em vez de se dedicar a analisar os temas a fundo antes de emitir opinião.
Concordo, no entanto, com uma afirmação que CAA faz:
"De uma vez por todas, o País precisa de interiorizar uma lógica firme de mudanças efectivas no modo como o Estado gasta o dinheiro dos contribuintes."
E aproveito para deixar uma sugestão: a julgar pela qualidade patente deste artigo, cortar no número de deputados da AR nunca foi tão premente, a começar por este senhor.
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